Como Organizar Suas Finanças Pessoais em 7 Passos Simples (Guia para Iniciantes)
Aprenda a organizar suas finanças pessoais com 7 passos fáceis, mesmo começando do zero. Guia completo com exemplos práticos e ferramentas úteis.
DICAS PRÁTICAS DE FINANÇAS PESSOAIS
7/13/20257 min read




3. Passo 2: Anote todos os seus gastos diariamente
Você já teve a sensação de que “o dinheiro some”? Isso geralmente acontece porque os gastos pequenos passam despercebidos. Um café de R$8 por dia, por exemplo, representa R$160 por mês.
Como registrar:
Use um caderno ou planner
Crie uma planilha simples no Excel ou Google Sheets
Baixe apps como Minhas Economias, Mobills ou Organizze
O mais importante é que você crie o hábito de registrar imediatamente ou no fim do dia.
4. Passo 3: Classifique seus gastos por categorias
Índice:
Por que a organização financeira é essencial
Passo 1: Entenda exatamente quanto você ganha e gasta
Passo 2: Anote todos os seus gastos diariamente
Passo 3: Classifique seus gastos por categorias
Passo 4: Crie um orçamento mensal que funcione para você
Passo 5: Monte sua reserva de emergência o quanto antes
Passo 6: Livre-se das dívidas com planejamento
Passo 7: Use ferramentas que facilitam o controle financeiro
Conclusão: O poder da organização constante
1. Por que a organização financeira é essencial
Organizar suas finanças pessoais não é apenas uma atitude inteligente — é uma necessidade para viver com tranquilidade, segurança e liberdade. No Brasil, aproximadamente 42% da população adulta estava inadimplente em maio de 2025, de acordo com dados da CNDL/SPC Brasil.
O descontrole financeiro gera:
Estresse e ansiedade constantes
Endividamento crônico
Falta de oportunidades para investir
Dificuldade para realizar metas como comprar uma casa, viajar ou empreender
A boa notícia é que qualquer pessoa pode aprender a se organizar financeiramente, mesmo com uma renda baixa.
2. Passo 1: Entenda exatamente quanto você ganha e gasta
A primeira etapa para organizar suas finanças é saber com precisão:
Quanto entra (renda líquida)
Quanto sai (despesas fixas e variáveis)
Quanto sobra (se sobra)
Muitas pessoas acreditam que sabem, mas na prática, subestimam os gastos e superestimam a renda. É essencial colocar os números no papel — ou numa planilha.
Dica importante:
Se você está endividado ou com orçamento muito apertado, pode ajustar temporariamente essa proporção para priorizar a quitação das dívidas e formação da reserva. Por exemplo:
Necessidades: 60%
Desejos: 20%
Dívidas/poupança: 20%
O mais importante é que parte da sua renda seja sempre destinada à construção de segurança financeira.
6. Passo 5: Monte sua reserva de emergência o quanto antes
A reserva de emergência é o primeiro investimento que qualquer pessoa deve fazer. Ela serve como proteção contra imprevistos, como:
Perda de renda
Problemas de saúde
Consertos emergenciais
Quanto guardar:
3 a 6 meses dos seus gastos fixos mensais
Exemplo: Se seus gastos fixos são R$2.000 → sua reserva ideal varia de R$6.000 a R$12.000.
Onde aplicar:
Tesouro Selic
CDB com liquidez diária
Contas que rendem 100% do CDI (como Nubank, PicPay)
Veja o simulador oficial do Tesouro Direto e descubra seu rendimento.
7. Passo 6: Livre-se das dívidas com planejamento
Tentar sair das dívidas sem um plano definido é como tentar secar gelo com toalha: por mais esforço que se faça, o problema volta a escorrer pelas mãos todo mês. Os juros — principalmente os do cartão de crédito e do cheque especial — se acumulam rapidamente e corroem seu orçamento, impedindo qualquer progresso financeiro real.
Se você quer sair do vermelho de forma definitiva, é preciso agir com método, disciplina e visão estratégica. Veja como fazer isso de maneira prática:
- Faça um diagnóstico completo das suas dívidas
Liste todas as dívidas que você possui, com as seguintes informações:
Valor total devido;
Taxa de juros mensal ou anual;
Tipo da dívida (cartão, empréstimo, loja, banco etc.);
Vencimento ou quantidade de parcelas restantes.
Esse levantamento é essencial para entender o tamanho do problema e identificar onde os juros estão mais pesados.
- Priorize as dívidas mais caras
Nem todas as dívidas são iguais. Algumas acumulam juros muito mais rapidamente do que outras. Por isso, a melhor estratégia é focar primeiro nas que têm:
Juros mais altos (como cartão de crédito rotativo ou cheque especial);
Multas por atraso elevadas;
Possibilidade de negativação.
Ao quitar as dívidas mais caras primeiro, você interrompe o efeito bola de neve dos juros compostos, liberando sua renda para outras pendências ou para começar a investir.
- Renegocie com os credores
Muitas empresas, bancos e financeiras oferecem condições de renegociação para evitar inadimplência prolongada. Você pode:
Solicitar parcelamentos com taxas reduzidas;
Pedir descontos para pagamento à vista;
Estender o prazo para facilitar a quitação.
Importante: sempre compare a nova proposta com as condições atuais para garantir que a renegociação seja, de fato, vantajosa.
- Troque dívidas caras por dívidas baratas
Se você tem acesso a crédito com juros menores, como empréstimo pessoal ou consignado, pode usá-lo para quitar dívidas mais caras. Esse processo é conhecido como portabilidade ou substituição de dívida.
Exemplo prático: trocar uma dívida do cartão de crédito com juros de 14% ao mês por um empréstimo pessoal com juros de 2% ao mês representa uma economia significativa em poucos meses.
- Use ferramentas digitais para facilitar o processo
Plataformas como o "Serasa Limpa Nome" permitem que você visualize suas dívidas registradas em seu CPF e negocie diretamente com credores online, muitas vezes com descontos que ultrapassam 80%.
Além disso, o site mostra se o seu nome está negativado e oferece acordos com parcelamento e boletos gerados na hora.
8. Passo 7: Use ferramentas que facilitam o controle financeiro
A organização financeira não precisa ser feita toda “na mão”. Hoje, existem diversas ferramentas digitais — muitas delas gratuitas — que automatizam tarefas, organizam informações e ajudam você a ter clareza sobre sua vida financeira com muito mais facilidade.
Essas ferramentas servem como aliadas no processo de educação financeira, facilitando atividades que antes exigiam tempo e paciência, como anotar gastos, categorizar despesas ou entender seu comportamento de consumo.
3 exemplos de ferramentas populares são: Minhas Economias, Mobills ou Organizze
O que essas ferramentas podem fazer por você:
Registrar entradas e saídas automaticamente (em alguns casos, com conexão à sua conta bancária)
Classificar seus gastos por categoria: alimentação, transporte, saúde, lazer, etc.
Gerar relatórios e gráficos de gastos para que você veja para onde seu dinheiro está indo
Estabelecer metas mensais de economia e gastos por categoria
Criar alertas para evitar atrasos em contas ou ultrapassar limites de orçamento
Controlar cartões de crédito de forma separada e eficiente
Acompanhar seu progresso financeiro ao longo do tempo
Com o uso regular, essas ferramentas te ajudam a ganhar consciência financeira, perceber padrões de consumo e identificar onde estão os principais desequilíbrios do seu orçamento.
Você não precisa usar todas!
É importante lembrar: você não precisa usar todas essas ferramentas ao mesmo tempo. O mais importante é começar com uma que faça sentido para sua rotina e seu estilo. Inclusive, há pessoas que se organizam muito bem apenas com uma planilha simples — o essencial é que funcione para você e seja mantido com constância.
Se preferir algo mais manual, você pode optar por:
Caderno de anotações
Planner financeiro físico
Planilha de Excel/Google Sheets (como esta do iDinheiro)
O uso de ferramentas tecnológicas é um atalho, não uma obrigação. Elas existem para te ajudar a criar o hábito, não para substituir sua disciplina.
9. Conclusão: O poder da organização constante
Organizar suas finanças pessoais não é algo que se faz uma vez e pronto. É um processo contínuo que exige comprometimento e disciplina.
Mas a recompensa vale o esforço:
✔️ Menos estresse
✔️ Mais controle
✔️ Mais liberdade para fazer escolhas conscientes
Com esses 7 passos, você já está em um caminho sólido para viver com mais tranquilidade e inteligência financeira — independentemente da sua renda atual
Anotar os gastos do mês é apenas o primeiro passo para ter controle financeiro. O que realmente transforma esse hábito em uma ferramenta poderosa é entender como esses gastos se distribuem no seu orçamento — e se estão alinhados com seus valores e objetivos de vida.
Ao categorizar suas despesas, você identifica excessos, desequilíbrios e oportunidades de economia, permitindo decisões mais conscientes e sustentáveis por saber para onde está indo o dinheiro.
Exemplo prático: se 40% da sua renda está indo para delivery e lazer, mas você não consegue pagar uma dívida urgente ou economizar para emergências, há um descompasso entre consumo e objetivos.
Categorias básicas de gastos mensais
Organize suas despesas mensais a partir de 4 grupos principais:
1. Essenciais
São os gastos indispensáveis para sua sobrevivência e rotina básica:
Alimentação (mercado, feira)
Moradia (aluguel, condomínio, luz, água)
Transporte (combustível, transporte público, manutenção)
2. Fixos
São contas que se repetem mensalmente com valores geralmente previsíveis:
Escola ou faculdade
Plano de saúde
Internet e telefone
Mensalidades de clubes ou serviços
3. Supérfluos / Variáveis
São os gastos não essenciais, que costumam variar bastante:
Lazer, restaurantes, bares
Delivery e conveniência
Compras de roupas, cosméticos
Assinaturas pouco usadas
4. Financeiros
Relacionam-se com sua vida bancária ou endividamento:
Pagamento de dívidas (empréstimos, cartão)
Juros por atraso ou crédito rotativo
Tarifas bancárias
IOF, encargos e seguros embutidos
5. Passo 4: Crie um orçamento mensal que funcione para você
Um orçamento financeiro bem estruturado é a base de qualquer planejamento pessoal eficiente. Ele te ajuda a manter os gastos sob controle, definir prioridades e direcionar recursos para o que realmente importa.
Ao montar seu orçamento, é essencial que ele seja realista, flexível e fácil de manter. E uma das metodologias mais populares e eficazes para iniciantes é a chamada regra 50-30-20.

